Depois de mais de um ano afastada deste espaço tomei coragem para voltar com minhas publicações. Durante todo esse tempo foram vários os momentos em que tinha tantas coisas a dizer que ficava quase sufocada com as palavras e frases já prontas para escrever que me vinham na mente. Mas volto em um dia digno de ser lembrado e comentado: 11 de setembro.
Fazem dez anos hoje que os Estados Unidos sofreram os ataques terroristas que mataram milhares de pessoas e chocaram o mundo inteiro. Me lembro como se fizesse pouco tempo que estava no quarto e minha avó na sala emitiu um quase grito, mistura de surpresa e pânico. Quando vi aquelas imagens também fiquei com medo, a impressão que tinha era que em qualquer momento podia acontecer algo perto de mim.
Dez anos depois lembra-se com muita tristeza todos os mortos, exalta-se algumas atitudes heróicas, são feitos eventos e homenagens. Mas uma coisa me chamou a atenção. Em uma rede social que faço parte vi manifestações de pessoas indignadas com a importância dada ao 11 de setembro, comparando-o com o impacto monstruoso das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Os indignados defendiam que os Estados Unidos foram tão terroristas quanto a Al-Qaeda e que houve muito mais mortos em 1945.
Vendo em números, não há o que duvidar. O 11 de setembro foi até pequeno. O fato é que independente da quantidade e da situação mundial foram mortes. Os EUA conquistaram a antipatia de muitas pessoas pelo mundo, mas não podemos deixar que nossa aversão às políticas norte-americanas nos torne insensíveis diante da morte de inocentes. Nenhum dos mortos no 11 de setembro foi o responsável pelas bombas de 1945.
Acho muito válido aproveitarmos um dia tão significativo para relembrar um outro que, pelo passar dos anos, já é visto como fato histórico e perdeu um pouco do impacto. Mas temos que aproveitar a oportunidade para observar principalmente que mesmo depois de tanto tempo e tantos avanços na humanidade, inocentes continuam morrendo por políticas que não aceitam e ideais que não compartilham. Continuam morrendo principalmente pela ganância dos governos e intolerâncias de seus líderes.
Não devemos brigar contra uma nação, isso seria uma guerra. Devemos sim, discutir, criticar e lutar por políticas justas, isso se chama democracia.
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