terça-feira, 18 de maio de 2010

Festa no Quilombo São José



Indescritível. Assim foi a Festa no Quilombo de São José no último sábado dia 15/5. Quando lembro de todas as experiências que tive faltam palavras que possam transmitir a quem não conhece a real essência do lugar.
Chegamos por volta de 2:30 da tarde, uma viagem longa. Já na estrada tínhamos belíssimas demosntrações da natureza, deixando cada vez mais a nossa realidade pra trás. problems, preocupações, correrias, tudo isso se perdeu pelo caminho, que mesmo longo, foi cheio de animação, bate-papo, e entusiasmo por parte de todos.
Eu e dua amigas éramos marinheiras de primeira viagem e não fazíamos a mínima idéia do que encontraríamos.
Chegando lá o clima era contagiante. A animação triplicou e a vontade era de fazer tudo ao mesmo tempo e não perder nenhum detalhe.
A feijoada já estava sendo servida e foi a primeira coisa que conhecemos. Hum....só de lembrar já dá fome. Genuína, legítima, a melhor feijoada que já comi. O samba já tocava, as pessoas já se reuníam criando uma energia maravilhosa.

Após o almoço fomos a cachoeira. E parece que todos tiveram a mesma idéia..rs.
Linda, um pedacinho de paz. Pequena, suave, mas cheia de graça e energia. Simplesmente pisar naquela água gelada e pura já foi o suficiente para renovar todas as minhas forças.


Voltando ao quilombo começava a roda de capoeira. Ótimos capoeiristas, bonito de se ver, perfeito de se sentir fazendo parte daquele momento.
Seguiram outras apresentações de dança, com grupos de outros locais.
A noite caiu e o frio começou a cair também. A festa tomou mais forma, com comida muito boa e bebidas deliciosas. As batidas e licores ajudavam a ignorar a friagem.
Tudo maravilhoso. Mas o momento mais esperado foi o Jongo.
E quando começou meu coração se encheu de alegria e paz. A sensação de estar diante de algo que sempre procurei foi incrível.
Ver todos compartilhando a mesma felicidade que eu era muito bom. Me sentia em casa, num lugar ao qual meu coração pertencia em grande parte. Quando tive então a oportunidade de dançar e contribuir para a festa foi o máximo. Realmente não tenho palavras pra explicar o que sentia toda vez que entrava na roda de Jongo. Um momento simplesmente mágico.
A fogueira foi acesa, e a roda de jongo durou a noite toda. E continuamos dançando e cantando...querendo sentir cada fiozinho de axé que envolvia aquela roda, os tambores e todos que estavam ali de coração aberto.
O dia foi nascendo e a hora de vir embora se aproximou.
Mesmo com o tempo nublado e com o frio não dava vontade de deixar aquela realidade pra trás.
já estou morrendo de saudades, mas ano que vem estarei lá de novo. Mais preparada para os contra-tempos, e mais animada do que nunca para mais um final de semana perfeito.